Não é velha a reclamação de muitos citadinos sobre o comodismo, por um lado, e o excesso de zelo, por outro, da Polícia de Trânsito no Lubango. Se, em alguns casos é implacável, noutros parece tímida.
Casos há de pessoas que por pequenas infracções pagam altos valores em multas por violação ao código de estrada, isto é certo. Errado é que estes agentes implacáveis assistem impávidos e serenos a manobras altamente mortíferas praticadas por miúdos, principalmente pigmentados, nas principais avenidas do Lubango em horas de maior tráfego rodoviário.
Não é preciso que nos contem, todos vêem a banalização de que estão a ser alvo as principais estradas da cidade, com pioneiros que usam motorizadas de alta cilindrada, e que as exibem até aos agentes reguladores de trânsito.
Para além do barulho ensurdecedor dos motores destes veículos, os seus condutores colocam em risco vidas de pessoas inocentes.
Fazem de tudo um pouco, desde corridas extralegais, acrobacias de arrepiar, levando as rodas dianteiras entre carros que seguem a mesma direcção e acelerações ruidosas propositadas, mas que ninguém os impede, porquê? Não sabemos, mas gostaríamos.
Já lá se vão os tempos que o Lubango foi uma cidade exemplar, no que a disciplina ao trânsito diz respeito. Nos últimos dois anos, as mortes nas estradas por imprudência dispararam e chegaram as três mil, o que é grave, muito grave.
Mais grave ainda, é que estes "almofadinhas", ilusionistas e tudo mais...tentam demonstrar as suas habilidades próximo as escolas, talvez para que sejam admirados, sem ter em conta o risco de morte que eles mesmos correm, como de pessoas que os circundam.
O desporto motorizado na Huíla é um facto, mas nas competições estes insurrectos não se fazem presente, há uma certa falta de espírito competitivo, o que querem mesmo é mostrar a potências dos seus motores nas ruas da cidade.
Oxalá que quem de direito inverta este quadro, porque se não, será os caos total.
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